segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

1316- ADELANTE !!


1315- FELIZ ANO NOVO, ISLÂNDIA !!


Um país estranho

A Islândia é uma ilha com pouco mais de 300 mil habitantes que parece decidida a inventar a democracia do futuro.

Por uma razão não totalmente clara, esse país que fora um dos primeiros a quebrar com a crise financeira de
2008 sumiu em larga medida das páginas da imprensa mundial. Coisas estranhas, no entanto, aconteceram por lá.

Primeiro, o presidente da República submeteu a plebiscito propostas de ajuda estatal a bancos falidos. O ex-primeiro-ministro grego George Papandreou foi posto para fora do governo quando aventou uma ideia semelhante. O povo islandês, todavia, não se fez de rogado e disse claramente que não pagaria nenhuma dívida de bancos.

Mais do que isso, os executivos dos bancos foram presos e o primeiro-ministro que governava o país à época da crise foi julgado e condenado. Algo muito diferente do resto da Europa, onde os executivos que quebraram a economia mundial foram para casa levando no bolso "stock options" vindos diretamente das ajudas estatais.

Como se não bastasse, a Islândia resolveu escrever uma nova Constituição. Submetida a sufrágio universal, ela foi aprovada no último fim de semana. A Constituição não foi redigida por membros do Parlamento ou por juristas, mas por 25 "pessoas comuns" escolhidas de maneira direta.

Durante sua redação, qualquer um podia utilizar as redes sociais para enviar sugestões de leis e questionar o projeto. Todas as discussões entre os membros do Conselho Constitucional podiam ser acompanhadas do computador de qualquer cidadão.

O resultado é uma Constituição que estatiza todos os recursos naturais, impede o Estado de ter documentos secretos sobre seus cidadãos e cria as bases de uma democracia direta, onde basta o pedido de 10% da população para que uma lei aprovada pelo Parlamento seja objeto de plebiscito.

Seu preâmbulo não poderia ser mais claro a respeito do espírito de todo o documento: "Nós, o povo da Islândia, queremos criar uma sociedade justa que ofereça as mesmas oportunidades a todos. Nossas diferentes origens são uma riqueza comum e, juntos, somos responsáveis pela herança de gerações".

Em uma época na qual a Europa afunda na xenofobia e esquece o igualitarismo como valor republicano fundamental, a Constituição islandesa soa estranha. Esse estranho país, contudo, já não está mais em crise econômica.

Cresceu 2,1% no ano passado e deve crescer 2,7% neste ano. Eles fizeram tudo o que Portugal, Espanha, Grécia, Itália e outros não fizeram. Ou seja, eles confiaram na força da soberania popular e resolveram guiar seu destino com as próprias mãos. Algo atualmente muito estranho.

Texto:
VLADIMIR SAFATLE - Folha SP - 23/10/2012


Vladimir Safatle é professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP (Universidade de São Paulo). Escreve às terças na Página A2 da versão impressa. 

sábado, 29 de dezembro de 2012

1313- A História do Xadrez do Rio de Janeiro- parte I

O jornalista Waldemar Costa e o Presidente da FEXERJ, Alberto Mascarenhas. Site oficial: www.fexerj.org.br


Recebi umas boas trocas de e-mails entre o Francisco Schwab, Alfredo Santos e José Blanco. Debatem a necessidade de valorização e registro da memória histórica no xadrez do Rio de Janeiro. Particularmente, acho isso deveras importante.
A seguir, reproduzirei um resumo histórico elaborado pelo brilhante jornalista Waldemar Costa em seu site (cliquem AQUI para apreciarem o registro "O xadrez carioca através de fatos e fotos"). Depois, publico a troca de e-mails citada.

A cidade do Rio de Janeiro foi o primeiro lugar do Brasil a ter o seu campeonato organizado. Não existiam confederações e nem federações de xadrez em nenhum local do País. Mesmo assim, um grupo de enxadristas de clubes, principalmente do Clube de Xadrez do Rio de Janeiro e do Automóvel Clube do Brasil, resolveu organizar em 1921 uma competição individual regional que deram o nome de I Campeonato de Xadrez do Distrito Federal, com a vitória de Otávio Trompowsky. O Rio de Janeiro era a capital da República. O presidente do País era Epitácio Pessoa. O prefeito da cidade do Rio de Janeiro (o então Distrito Federal) era Carlos César de Oliveira Sampaio. O Campeonato Carioca Individual passou a ser organizado por diversas entidades até os dias de hoje. De 1921 a 1926, o campeonato foi realizado sem ainda existir uma federação. Em 1927, foi fundada a Federação Brasileira de Xadrez e eleito para presidente o enxadrista Gustavo Garnott, com o objetivo de realizar o Campeonato Brasileiro Individual. A FBX tinha como filiados clubes do Distrito Federal (Rio), São Paulo e Belo Horizonte (não existiam federações de xadrez estaduais). O Campeonato Carioca Individual também foi organizado pela FBX até essa ser substituída em 1941 pela Confederação Brasileira de Xadrez (CBX). A CBX surgiu no Governo de Getúlio Vargas, que estruturou o esporte brasileiro na lei nº 3.199 de 1941, criando confederações, federações, associações, e disciplinando o seu relacionamento com os clubes e atletas. Em 31/5/1941, foi fundada a Federação Metropolitana de Xadrez (FMX) para controlar o enxadrismo no Distrito Federal (Rio). Ao contrário dos outros esportes, a Federação Metropolitana de Xadrez continuou com o mesmo nome ao ser criado o Estado da Guanabara (os outros esportes passaram a usar Federação Carioca, pois o Rio deixou de ser a metrópole do Brasil). Em 1976, surgiu a Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro (FEXERJ) da fusão da FMX (Federação Metropolitana de Xadrez) e FFX (Federação Fluminense de Xadrez). O Campeonato Interclubes-RJ também foi a primeira competição por equipe a surgir no Brasil. Começou a ser organizado em 1928 pela Federação Brasileira de Xadrez. De 1941 até 1975 pela FMX. A partir de 1976, tornou-se estadual dos dois Estados da fusão e organizado pela FEXERJ. Os presidentes da Federação Metropolitana de Xadrez (FMX) foram: Joaquim de Almeida Pinto, Rodolfo Magioli, Lauro Demoro, Francisco de Assis Rosa e Silva Neto, Oswaldo Pereira Caldas, Olício Gadia, José Thiago Mangini, Hilwan Cantenhede, Luciano de Andrade, Júlio de Souza Mendes e Friedrich Salamon. Os presidentes da Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro (FEXERJ) foram: Friedrich Salamon, Carlos Emery Trindade (interino), José Thiago Mangini, Reynaldo Veloso, Djalma Caiafa, Marcelo Einhorn (interino), Eduardo Arruda Cunha, Ricardo Barata e Alberto Mascarenhas.
 O enxadrista Francisco Schwab, hoje na cidade de Resende (RJ). Vejam seu blog AQUI
Em 28 de dezembro de 2012 20:29, Francisco Schwab escreveu:

Prezados,
Lendo o interessante livro "The Bobby Fischer I knew & other stories", do GM Arnold Denker, fiquei pensando no quanto perdemos ao negligenciar a MEMÓRIA do xadrez carioca: será que não podemos, coletivamente, fazer algo a respeito?
 
Memória que, apenas por curtos períodos, esteve sendo registrada  em revistas como P4D e Caissa (APSantos), no heróico Blog do Jorge Chaves e no trabalho de alguns outros dedicados, como é o caso do antológico livro do Waldemar Costa "Epopéia do Campeonato Brasileiro", bem como no seu Blog que foca no JTC.
 
Alguns outros Blogs apresentam, vez por outra, alguma crônica, mas isto fica muito disperso e não tem amplitude.

Fora isso, deve haver registros, em arquivos, das colunas de jornais como a do Mangini no GLOBO, do Madeira de Ley no CORREIO DA MANHÃ, do Luciano Andrade e outras que não me lembro -- só que isto não é accessível, a não ser para algum pesquisador.
  
O livro do Denker é centrado no famoso Manhatan Chess Club, com histórias e comentários coletados com a contribuição de inúmeras pessoas, frequentadores atuais e antigos, relembrando várias décadas e retratando pessoas através de crônicas, entremeadas por partidas.
Será que não poderiamos fazer algo parecido, que afinal seria não só para registrar, mas para nosso próprio lazer e deleite?

Poderiamos centrar o foco p.ex. no CXGuanabara, na ALEX, no Tijuca, e incluir também histórias de Campeonatos Cariocas, etc.
 

Quando digo MEMÓRIA, não me refiro apenas a resultados de torneios ou curriculos enxadrísticos, mas também a relatos e registros sobre PESSOAS, sobre histórias pessoais, lembranças de antigos companheiros e relatos de fatos ocorridos que possam ter interesse mais geral.
Imagino que isto poderia ser feito através de partidas com comentários que não se limitem ao estilo "Informador" e também através de crônicas sobre pessoas, situações, eventos, locais e períodos.


Também ENTREVISTAS com pessoas que tem muita coisa para contar, como Peter Toth, Oscar Vieira, Carlos Eduardo Gouveia, etc. e especialmente um GM que está incluido nesta mensagem: Darcy Lima -- poderiamos começar por aí.

É fato que entrevistar já exige alguém mais capacitado para direcionar a conversa, registrar e transcrever, mas deveriamos tentar.

O que um jornal aquí de Resende faz é reunir um grupinho e colocar o entrevistado na roda, puxando a conversa naturalmente.



Tomo como exemplo o BLOG que minha turma de Engª da UFRJ montou por ocasião dos nossos 40 anos de formados.

O objetivo era coletar as histórias que cada um tinha para contar, que passam por um mediador e vão sendo disponibilizadas.

Tem sido interessantissimo, divertido, agradável, e ajudou muito a criar novamente familiaridade e união entre a turma.

Eu avalio que uma iniciativa como esta poderia trazer benefícios ao Xadrez Fluminense/Carioca -- dar-lhe mais alma.
 
Poderiamos criar um BLOG só para isso, ou aproveitar algum existente, caso seu dono venha a se voluntariar como mediador.

A própria FEXERJ poderia promover isso num dos seus sites, congregando clubes e enxadristas que contribuam para estas Memórias.

É possível separar seções, uma referente a cada Clube, outra dedicada a determinados jogadores notáveis, outra para Crônicas e causos, outra para partidas com comentários pessoais, e até m esmo uma outra para reproduzir recortes de colunas de xadrez que alguns ainda tem guardadas -- basta definir claramente os Objetivos, a coordenação e estabelecer as regras da coisa.

O importante é que haja diversos colaboradores comprometidos, e buscar operar em conjunto para enriquecer o conteúdo, através de um trabalho interativo e evolutivo, num estilo Wikipédia -- aliás, poderiamos até criar uma página na Wikipédia e centrar tudo lá, ou não?!

O que vocês acham?


 Alfredo Pereira dos Santos, professor e pedagogo de Xadrez. Vejam uma coluna periódica dele para a FEXERJ AQUI.

Caro Schwab

Eu acho a idéia excelente, pois tem muita coisa a que não se dá o devido reconhecimento. Você falou na revista P4D, da qual no início o Mecking foi um dos colaboradores, mas eu raramente vi alguém fazer referências a ela. Note-se que eu cobri todo o Interzonal de Petrópolis e publiquei todas as partidas, inclusive com fotos de todos os jogadores.

Ninguém, mas ninguém mesmo, fala no Torneio Popular de 1971, em que nós dois ficamos empatados em primeiro lugar. Em 1970 eu fui o vencedor e não há registro disso em nenhum lugar. Naturalmente que eu não faço questão dessas coisas, pois não alimento essas pequenas vaidades, mas se é para contar a história que se a conte toda. No Rio de Janeiro tem "historiador" do xadrez que sabe desses eventos, pois eu mesmo o informei, mas não divulga.

Você sabe que a AABB-Lagoa foi, entre os anos 70 e 80 uma força no xadrez do Rio de Janeiro, várias vezes campeão do Interclubes. O xadrez organizado na AABB-Lagoa teve início com a iniciativa de um funcionário do Banco do Brasil, chamado Hélio Fernandes de Mattos, um paraense que veio trabalhar no Rio. Nós, eu e o Hélio, costumávamos jogar os torneios do Clube de Xadrez Guanabara e voltávamos sempre juntos pois ele morava em Copacabana e eu no Leblon. Numa dessas ocasiões ele me disse que pretendia criar uma "Escolinha de Xadrez" e me convidou para ser o seu primeiro professor. Foi nessa escolinha que os então meninos Sadi Dumont, Eduardo Limp, Fernando Duarte, José Toledano, entre outros, encontraram ambiente para se desenvolver. Posteriormente a AABB teve outros professores, como o Carlos Guzman e, mais recentemente, o Amorim que, infelizmente, nos deixou. Tudo começou lá, em 1969, com o Helio Mattos, auxiliado por pessoas cujo nome eu tenho na memória mas a história do xadrez não vai registrar, a menos que eu me anime a fazer uma página para isso. Diga-se de passagem que diversas pessoas para as quais você mandou essa mensagem podem atestar essas coisas que lhe digo. 
José Manuel Blanco, presidente da ALEX (Associação Leopoldinense de Xadrez- vejam site AQUI )

Esqueceram de falar no maior de todos: Dijama Caiafa!!
Sozinho, nos tempos de papel e lápis, fazia os famosos boletins registrando os torneios.
Não se espantem, mas esse é um mal que assola o país:  a memória ser privada e não pública.

Evidente que daqui não emana uma crítica dicotonômica (privado x público), mas a simples constatação de que essa História está dispersa na pequenas histórias individuais dos atores que as viveram.

Na própria ALEX temos esse gravíssimo problema.
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Bem, solicito a todos aqueles que tenham dados sobre a memória histórica do Xadrez no Rio de Janeiro, que os enviem para meu mail: joseeduardomaia@terra.com.br. com o fito de evoluir esta nova série de postagens deste blog: A História do Xadrez do Rio de Janeiro.
FELIZ 2013!!!
Ah, por falar em história:
GALERIA DE TODOS OS CAMPEÕES DO RJ AQUI!
Fonte: site do Waldemar Costa.
 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

1312- Trabalho de base do treinador cubano Raúl Perez em Trinidad Tobago dá bons resultados

Dia 19 de setembro, no município de Lajes de Muriaé, RJ.
Raul Perez visita a Escola Municipal Maria Petronilha Borges de Freitas


T&T 2nd at CAC Junior Chess


CHAMPION: Central American and Caribbean Junior Chess Championships gold medallist winner Shemilah James, right, holds up the winners trophy as team manager and T&T Chess Association president Russell Smith looks on outside the tournament Hall in Puerto Rico. T&T finished second in the competition behind winners Puerto Rico.

 

The Trinidad and Tobago chess team finished second in the Central American and Caribbean Junior chess Championships in Puerto Rico. T&T won one gold medal, one silver and four bronze to finish runners up behind host Puerto Rico in the nine team tournament. Barbados finished in third place. Shemilah James of St Ursula's Girls' Anglican School won T&T's lone gold medal in the Female Under-10 competition, while Fatima College's Joshua Johnson won silver in the Male Under-12 category. The other T&T players who won medals were Javanna Smith, Tyler-Marie Mungal, Shannon Yearwood and Sean Yearwood. The T&T players who did not medal were Zaakir Razark, Kyron Agostini, Mycah Francis, Della Marie Walcott, who is a past champion, Gabriella Johnson, Najarah Rahaman, Rishon Ramlogan, Sadiqah Razark and Sylvan Yearwood. The other countries taking part in the tournament were Venezuela, Colombia, Costa Rica, Jamaica, Panama and Honduras.
T&T coach international master Raul Perez Hernandez of Cuba accompanied the team to Puerto Rico and has been with the national team for several years assisting the local chess players in their development. Trinidad and Tobago Chess Association (TTCA) president Russell Smith also accompanied the team as manager.
Smith praised the hard work done by the players and the solid support of coach Raul during the trip.
"Our junior players continue to demonstrate good results at home and abroad," Smith said.
"This can only get better when our Chess-in-Schools project is expanded in January 2013. The project is being funded and monitored by the Ministry of Education, in selected schools throughout the country," he added.
T&T Medallists
Shemilah James (St Ursula's Primary): U-10 Female (gold)
Joshua Johnson (Fatima College): U-12 Male (silver)
Javanna Smith (Holy Name Convent): U-16 (bronze)
Tyler-Marie Mungal (Bishop Anstey): U-14 Female (bronze)
Shannon Yearwood (St Joseph's Convent, Pos): U-12 Female (bronze)
Sean Yearwood (Trinity Primary, Pos): U-10 Male (bronze)
FONTE: AQUI

sábado, 15 de dezembro de 2012

1308- Em Columbine a "culpa" foi de Marilyn Manson. Agora é de quem?



"Se você pudesse dizer algo para as crianças de Columbine nesse exato momento, se elas pudessem ouvir você dizer algo, agora. O que diria? - Eu não diria nada, apenas escutaria o que elas têm a dizer. Coisa que ninguém fez."

domingo, 9 de dezembro de 2012

1307- CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE XADREZ TEM NOVO PRESIDENTE

 Presidentes das Federações na AGO de 08/12/12 que elegeu o GM Darcy Lima

O GM DARCY LIMA É O NOVO PRESIDENTE DA CBX, GESTÃO 2013/2016.
BOA SORTE E BOM TRABALHO AO CARIOCA (VASCAÍNO....) DARCY.

sábado, 1 de dezembro de 2012

1303- COMO A MÍDIA BRASILEIRA SUFOCA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO




Vídeo didático e fundamental para entender, de uma vez por todas, como a oligarquia midiática destrói um de nossos direitos fundamentais, o de comunicar-se.